As listas dos candidatos às autárquicas 2017


As listas dos candidatos às autárquicas de 1 de outubro já estão expostas no Tribunal de Matosinhos, penduradas por um cordel, não vá alguém ter a tentação de as levar para casa. Não há muitas surpresas e vamos fazer uma curta análise a todas elas, começando pelo SIM de António Parada, que surgirá no topo do boletim de voto.
Parada tem a acompanha-lo Emília Fradinho, presidente do Conselho Geral da Escola Augusto Gomes, que será a vice-presidente. Sérgio Meira, também professor, será o n.º3, seguindo-se os juristas Paula Mesquita e Carlos Cordeiro de Oliveira e ainda o engenheiro Vítor Nogueira da Silva. Pedro Seabra, antigo futebolista do Leixões, é outros dos nomes que surge nos candidatos efetivos. É uma lista encabeçado por alguém com grande experiência autárquica e que resolveu completamente a ligação de longos anos que teve com o Partido Socialista, aceitando liderar um movimento de cidadãos que nunca ocuparam qualquer cargo político.


Narciso Miranda regressa à arena de novo com Ana Fernandes como número dois. O professor universitário Pedro Rodrigues será o 3 num elenco de efetivos no qual se desta a "ativista" Olívia Assunção, presumo que um dos genros de Narciso e o autor da Crónica dos Tugas, Miguel Correia. Não é um elenco propriamente de notáveis mas todos sabemos que o líder tem notabilidade para dar e vender.

No Bloco de Esquerda, Ferreira dos Santos volta à competição e ficamos à espera de mais informações relativamente à equipa que o acompanha. O desafio passa por fazer uma aproximação à CDU, o que não será fácil pois nas últimas eleições os bloquistas recolheram apenas 2.623 votos contra 5.396 dos comunistas.

Para a CDU estas eleições serão um teste após 4 anos de beijo na boca com os independentes que agora são PS. José Pedro Rodrigues tem pela frente o desafio de aumentar o score de 7,32% e de manter pelo menos um deputado, de forma a poder entrar de novo numa qualquer geringonça. Na sua lista não há surpresa, com o histórico Pedro Tavares confortável na 5.ª posição.


Para Jorge Magalhães, agora a corrida é outra mas continua a ser todo o terreno. O médico de Leça da Palmeira tem o colossal objetivo de superar o score negativo histórico de Pedro Vinha da Costa (agora candidato à assembleia municipal), 9,31%. Aparentemente não saiu da sua manga, para o executivo, qualquer trunfo de grande monta mas também aqui ficamos à espera de mais informações e esclarecimentos. O que é certo é que Magalhães espera ter um bom dia no próximo 1 de outubro. O que só acontecerá se conseguir estancar a sangria de militantes do PSD que resultou do atabalhoado processo de escolha do candidato laranja.



O PAM, com Filipe Cayolla, também diz sim às eleições. Será uma estreia, numa eleição na qual ao que tudo indica o eleitorado tradicionalmente do PS não saberá se há de dar corda ao relógio ou ver se amanhã vai chover.


No Partido Socialista versão independentes não há surpresas. Um passarinho tinha-me dito que Fernando Rocha não iria na lista mas vai mesmo e como número 3. Eduardo Pinheiro, presidente da câmara em exercício, tem tido um papel discreto na campanha eleitoral e falta confirmar se já tratou do seu futuro. Na lista para o executivo, é sem surpresa, por outro lado, que Ângela Miranda, filha do histórico Fernando Miranda, surge na posição 4, ela que é a lugar tenente de Luísa Salgueiro. E a seguir temos Correia Pinto, o 3.º ex-independente em cinco, o que é contrabalançado com a posição 6 de Valentim Campos, ele que foi candidato há 4 anos à União de Freguesias da Senhora da Hora e S.Mamede pelo PS, tendo perdido para o atual presidente, que vai com Narciso Miranda desta vez. Surpresa, surpresa é a posição 8 de Tiago Maia, o dínamo da campanha, a sofrer também com a imposição de quotas femininas. Em suma, é uma lista que não tira coelhos da cartola mas que tem no banco um homem de reação intrépida.